Para
valer a pena, tem de dar trabalho, tem que ser difícil, tem que demandar
esforço?
Até
admito que exista certa verdade nesta teoria, especialmente se
considerarmos que sonhos e objetivos requerem esforços específicos,
muitas vezes. Porém, há uma enorme diferença entre "dedicar-se
com afinco" e "ficar dando murro em ponta de faca", ainda mais quando
furar as mãos está a serviço de lustrar o ego.
Apostar
em situações onde quase tudo está se mostrando desfavorável e contrário
aos nossos esforços pode até ser uma escolha admirável quando a gente
sente que realmente vale a pena arriscar e persistir, mas até neste caso
é preciso que haja um limite.
Se
estamos sempre perdendo o interesse quando a conquista está fácil e se
excitando quando está difícil, é hora de refletirmos sobre o que é que
estamos querendo provar para nós mesmos ou para os outros: que somos
capazes de atingir nossos objetivos custe o que custar?
Porque
se for isso, estamos seguramente nos deixando dominar por um ego
infantil e tolo. Enganados sobre o que seja determinação. E aí... se
conseguimos, em geral terminamos descobrindo que não é bem isso o que
desejávamos! O ‘prêmio’ perde a graça e a dinâmica recomeça...
Feito
crianças mimadas, descartamos o que temos e corremos atrás do que não
temos, presos a uma rotatória que não nos leva a lugar algum. Por fim,
perdemos a chance de alcançar objetivos e realizar sonhos que realmente
nos preencheriam e desperdiçamos tempo demais com o que não passa de um
capricho.
"chegará o momento em que você já não
saberá o que realmente quer. Tudo vira guerra, competição, disputa...
Contra quem?!? Contra si mesmo, contra sua teimosia e seus enganos. E
assim, não importa o que você ganhe, pois terminará sempre com a
sensação de que falta algo."